11 agosto 2004
A SOLIDÃO
Barbárie cruenta e final,
Forma de ser inaudita,
Calada,
Proscrita,
Cabal.
Rastejo do verme que ainda re-pulsa,
Por dentro do cerne,
De minha epiderme,
Cascalho de fel que expulsa,
Pedaço de mim.
Sobra de Hermes,
Caco de laços,
Soluço sem fim.
A palidez do retrato é o preço do verso.
O reverso,
Abandono da dor,
Sensação de pudor,
Recolhimento carmim.
Sem o rosto não há o fato,
Sensato,
Sentimento afim.
Sem o gesto não há o tom,
Pausado,
Ao lado,
Do sim.
Solidão intermitente,
Dentro,
Fora,
Por toda parte.
Quisera eu conquistar-te,
Sonho vão de Descartes,
Arremedo da gravidade,
Será isso o fim?
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