28 maio 2007

Ignudo


Eu cobiço,

Tu cobiças,

Ele e Ela cobiçam.

Nós cobiçamos,

Vós cobiçais,

Eles e Elas cobiçam.


(1630-35) Georges de La Tour, Madalena da Luz Noturna, Óleo s/ Tela, 128 x 94 cm, Louvre

27 maio 2007

Mudando o Palette

E porque as musas também se cansam, aproveito a sugestão do amigo Chris para mudar um pouco o visual do Palette. Apanhei muito para conseguir deixar do jeito que vocês estão vendo, pois se de um lado os templates que o blogger oferece são muito toscos, por outro não domino nada de linguagem HTML, o que me obriga a recorrer ao expediente brilhante da tentativa e erro mesmo. Ou seja, passei o final de semana que deveria ter dedicado para trabalhar numa tradução tentando o máximo possível fazer um upgrade no visual desse blog. Vamos ver se agora o novo layout me incentiva a postar com mais frequência aqui. Se alguém quiser comentar o que achou do novo visual, eu agradeço...

25 maio 2007

Para fazer de conta que eu estou bem

Andrew Eccles, Steve Martin, s.d.


Hoje, para fazer de conta que eu estou bem, posto essa imagem do fotógrafo Andrew Eccles aqui no Palette pois tenho achado esse blog muito sem graça últimamente. Tenho preferido, como alguns de vocês talvez podem ter notado, trabalhar com o Melancholy Lakes, meu outro blog sobre a melancolia e suas derivações. Como estou sentindo um tanto de raiva, e um bom tanto de perplexidade, mas não - não mesmo - ciúmes, quis colorir esse blog descolorido com um pouco de vibração, ainda que descontente. A imagem acima, como muitos de vocês devem já ter percebido, faz referência explícita à obra de Edward Hopper. A diferença entre o Hopper e esse Eccles, contudo, parece estar na expressão de Steve Martin - aqui, mais séria e preocupada; diria até, um tanto insatisfeita e perplexa diante de algo que não nos é dado saber pura e simplesmente pela análise da presente imagem. Além dessa diferença expressiva, existe uma outra que é fundamental, e que também pode ser apreciada a partir da contemplação da fisionomia do ator, só que desta vez não se trata apenas da fisionomia em si, mas de sua relação com o ambiente, se é que podemos estabelecer esta diferença. No caso de Hopper, as figuras sempre se encontram mergulhadas totalmente no conjunto dos aspectos naturais da imagem, tais como a luz e as cores. Aqui, a figura de Martin parece estar completamente desligada de qualquer efeito possível que o ambiente possa ter sobre ele. Ele está impassível, diria até apático, em relação ao que o cerca. No fundo, sua expressão nos apresenta tacitamente apenas a certeza da dúvida: "?"